Castro Daire é uma vila com cerca de 4 600 habitantes, situa-se na região Centro, distrito de Viseu, e está inserida na sub-região Dão/Lafões. É sede de um município com uma área de 379,00 km² e 15 339 habitantes, fazendo parte das 16 freguesias que compõem o concelho. Freguesia, e sede de concelho, é composta por aldeias limítrofes que abrange cerca de 32,9 quilómetros quadrados.
Castro Daire é uma vila com cerca de 4 600 habitantes, situa-se na região Centro, distrito de Viseu, e está inserida na sub-região Dão/Lafões. É sede de um município com uma área de 379,00 km² e 15 339 habitantes, fazendo parte das 16 freguesias que compõem o concelho. Freguesia, e sede de concelho, é composta por aldeias limítrofes que abrange cerca de 32,9 quilómetros quadrados.
Castro Daire
Aspetos Geográficos
O concelho de Castro Daire, do distrito de Viseu, ocupa uma área de 379,1 km 2 e abrange 22 freguesias: Almofala, Alva, Cabril, Castro Daire, Cujo, Ermida, Ester, Gafanhão, Gosende, Mamouros, Mezio, Mões, Moledo, Monteiras, Moura Morta, Parada de Ester, Pepim, Picão, Pinheiro, Reriz, Ribolhos e São Joaninho.
O concelho apresentava, em 2005, um total de 16 836 habitantes.
O natural ou habitante de Castro Daire denomina-se castrense.
O concelho encontra-se limitado a norte pelos concelhos de Lamego, Resende e Cinfães; a oeste pelo de Arouca, no distrito de Aveiro; a sudoeste pelo de S. Pedro do Sul; a este pelos de Tarouca e Vila Nova de Paiva e a sul pelo de Viseu.
Possui um clima marítimo de transição, em que a disposição dos maciços montanhosos permite a penetração de ar marítimo, sendo estas áreas geralmente mais chuvosas e amenas do que as mais interiores.
A sua morfologia é acidentada, destacando-se como áreas de maior altitude a serra da Cascalheira (1037 m), a serra de Bigorne (1210 m) e a serra de Montemuro (1381 m).
Como recursos hídricos, possui o rio Paiva, o rio de Mel e a ribeira de Mós. Referência também para as termas do Carvalhal, cuja água é mineromedicinal. As águas das termas do Carvalhal são captadas entre 40 e 60 metros de profundidade, em furos devidamente isolados, e estão classificadas como sulfúreas, bicarbonatadas, sódicas e fluoretadas, sendo indicadas terapeuticamente para doenças reumáticas, músculo-esqueléticas e dos aparelhos respiratório e digestivo, e para problemas de ginecologia e dermatologia.
História e Monumentos
A história deste concelho está ligada aos inícios da nacionalidade portuguesa. O território do atual concelho de Castro Daire era dominado por um extenso julgado, o Julgado da Terra de Moção
.
Estava dividido em duas metades: a ocidental, que era toda património real, como confirmam as Inquirições, pagando-se a eirada, jugada e outros impostos em géneros que sobrecarregaram extraordinariamente estas povoações de parcos recursos, sendo por isso frequente a fome; e a oriental, que pertenceu a Egas Moniz, o amo de Afonso Henriques. A Egas Moniz pertenceu, aliás, grande parte do atual concelho de Castro Daire, pois ele teve na sua posse as terras de Mezio e Vale do Conde, Mões, Moledo e Gosende.
No século XIV, D. Pedro, o conde de Barcelos, era senhor destas terras; depois a sua posse passou para o seu filho, o conde de Viana, acusado de traição em 1385 e destituído do senhorio das honras em favor de João Rodrigues Pereira.
Teve foral em 1514, por D. Manuel.
Ao nível do património arquitetónico, destacam-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, a Igreja Matriz de Ermida, dos séculos XII-XIII, em estilo românico, o Santuário da Senhora da Ouvida e a Capela das Carrancas.
Tradições, Lendas e Curiosidades
São em grande número as manifestações populares e culturais do concelho, sendo de destacar as festas da vila, no dia de S. Pedro, a 29 de junho; a festa da Senhora da Ouvida, realizada na EN 2, a 7 quilómetros da vila, no sentido Castro Daire-Lamego, a 3 de agosto; e a festa da Nossa Senhora da Soledade, a 15 de agosto. Como feiras, destacam-se no primeiro domingo de junho, a feira da Faifa, em Ester; a 3 de agosto, a feira da Ouvida, em Castro Daire; no terceiro domingo de agosto, a feira anual das Portas de Montemuro e, no primeiro domingo de setembro, a feira do Fojo, em Gosende.
No artesanato merecem referência a tecelagem de linho e de lã (colchas e mantas), o cultivo do linho, os tamancos e as capas de palha, a cestaria (verga e castanho), a latoaria, as meias de lã e os barros negros.
Como instalações culturais são de destacar o Museu Municipal da vila, que possui material arqueológico e etnográfico, e o Centro Municipal da Cultura. No Gafanhão, existe ainda a Casa-Museu Maria da Fontinha, inaugurada em 1984 como testemunho de homenagem e gratidão de um filho da terra, o Dr. Arménio de Vasconcelos, à sua avó Maria da Fontinha.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário, seguindo-se as do setor secundário, nomeadamente na área da transformação da madeira, das serralharias de alumínio, têxtil, da panificação e da construção civil, tendo o primário um peso relativamente baixo. As atividades de hotelaria, comércio e serviços relacionados com a exploração das termas do Carvalhal são as de maior importância.
No que se refere à agricultura, destacam-se os cultivos de cereais para grão, leguminosas secas para grão, prados temporários e culturas forrageiras, batata, prados, pastagens permanentes e vinha. A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, coelhos e caprinos. Cerca de 12,1% (2189 ha) do seu território está coberto de floresta.
Fonte: Infopedia.